dúvidas

1 - resolvendo a questão proposta pelo excelente aluno Pedro, 8.ª C, a Groenlândia é uma ilha que faz parte da América mas pertence à Dinamarca.
2 - retificando a questão proposta pela excelente aluna Joyce, 8.ª B- realmente, as fezes do morcego também são chamadas de guano - eu errei!!!

segunda-feira, 21 de março de 2011

9º Ano - semana 8 - de 20/3 a 26/3


2ª GUERRA MUNDIAL - A FASE FINAL
NAZISMO
"Exigimos terras para alimentar o nosso povo e nelas instalar nossa população excedente". Este brado do programa do Partido Nacional Socialista (NAZI), começa a ser posto em prática com a anexação da Áustria e a ocupação da Tchecoslováquia por tropas alemãs, sem qualquer reação por parte do resto da Europa. Na Conferência de Munique, Grã-Bretanha e França chegam a dar legitimidade à ação alemã na Tchecoslováquia. Mas quando Hitler ocupa a Polônia, aliada dos britânicos, Londres sente-se ameaçada e declara guerra à Alemanha. A França faz o mesmo. Nesse programa, ainda, a ascensão do fascismo em Portugal e na Espanha, o expansionismo italiano na África e o expansionismo japonês na Ásia; e o acordo mútuo de não agressão entre a União Soviética de Stalin e a Alemanha de Hitler.
Em seu livro Mein Kampf, publicado no início dos anos 20, Adolf Hitler diz: "Chegou o dia que não mais passei de olhos vendados: reconheci os inimigos da minha raça - eram judeus ... Acabei por reconhecer os judeus pelo cheiro e, sob sua porcaria repugnante, descobri as taras morais do 'povo eleito' ". 
 A partir de 1935, quando Hitler já se encontrava no poder, as Leis de Nuremberg, criadas para discriminar os judeus, tornam o anti-semitismo política oficial da Alemanha. Apoiados na violência de grupos paramilitares e numa eficiente máquina de propaganda, os nazistas deram voz e exacerbaram sentimentos latentes de nacionalismo, racismo, anti-semitismo, arianismo, antimarxismo e anticapitalismo.
Em 1935, a Alemanha reinicia a produção de armamentos e restabelece o serviço militar obrigatório, em claro desrespeito ao Tratado de Versalhes (1919). Um ano depois, reocupa a Birmânia e inicia uma política estratégica de alianças. Oferece ajuda econômica à Itália fascista de Benito Mussolini (1883-1945), sob embargo da Liga das Nações por ter invadido a Etiópia. Apóia Francisco Franco (1892-1975) na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), aproveitando o conflito para testar novos engenhos militares. Assina com o Japão o Pacto Anti-Comintern, em 1936, a fim de conter a expansão comunista da União Soviética, com a adesão da Hungria, Itália e Espanha. Justifica a anexação (Anschluss) da Áustria, em 1938, por se tratar de mais um povo germânico. No ano seguinte, alcança, com a conivência inglesa e francesa na Conferência de Munique, a incorporação de parte da Tchecoslováquia, exatamente a região dos Sudetos, conhecida por abrigar minorias alemãs. Cria os protetorados da Boêmia e da Moldávia, desmembrando o restante do território tcheco, em março de 1939. Por fim, aproveita as desconfianças soviéticas em relação às potências ocidentais para assinar um acordo, por cinco anos, de não-agressão e neutralidade com o seu arquiinimigo, Josef Stalin (1879-1953): o Pacto Germânico-Soviético, de 23 de agosto de 1939. Tem aberto assim o caminho a leste para atacar a Polônia, em nome do que lhe fora arrebatado pelo Tratado de Versalhes: a devolução da zona conhecida por "Corredor Polonês", a do porto de Dantzig (futura Gdansk), que une a Alemanha à Prússia oriental.
Ofensiva alemã:
Diante da negativa da Polônia em ceder Dantzig, as tropas alemãs invadem o país em 1º de setembro de 1939 e travam uma guerra-relâmpago (blitzkrieg) com a frágil resistência local. A conquista faz-se em três semanas. É estabelecido um governo geral nazista e inicia-se a perseguição aos judeus, vítimas preferenciais da ideologia nazista, ao longo de todo o conflito mundial. A Inglaterra, comprometida com a defesa polonesa, e a França, aliada inglesa, declaram guerra à Alemanha. Em seguida, Dinamarca e Noruega são ocupadas pelo Exército nazista, garantindo o abastecimento alemão de aço pelos mares Báltico e do Norte. Holanda e Bélgica tornam -se as próximas conquistas. Em Dunquerque, o Exército belga-anglo-francês sofre a primeira derrota aliada e só escapa do massacre graças à ação da Marinha inglesa, que consegue evacuar a maioria dos combatentes. Hitler avança contra a França a partir de maio de 1940. Um mês mais tarde, a assinatura pela França dos armistícios com a Alemanha e a Itália, que submetem metade do território francês à ocupação das forças nazistas, evidenciam o domínio alemão.
O primeiro-ministro da França, o marechal Henri Phillipe Pétain (1856-1951), anti-republicano e conservador, assume poderes ditatoriais, após acordo com os alemães. Transfere a capital para Vichy, no sul do país, enquanto Paris permanece ocupada pelos nazistas.  É quando chega à Inglaterra o subsecretário de Defesa Nacional Francesa, o general Charles de Gaulle (1890-1970). Ele representa o governo da resistência da França no exílio. Ao mesmo tempo, a Alemanha implanta a sua "nova ordem" nos territórios ocupados, reativando indústrias paralisadas e obrigando as populações a trabalhos forçados. Em setembro de 1940, o Eixo, pacto entre Berlim-Roma-Tóquio, é formalizado, estabelecendo apoio mútuo entre os países membros em caso de ataque por potência ainda não envolvida na guerra – entenda-se, os Estados Unidos. A partir de 15 de setembro, intensificam-se os combates na Inglaterra. Bombardeiros alemães despejam cerca de 20 mil toneladas de bombas sobre Londres. A ação corajosa da Royal Air Force (RAF), a aviação de combate inglesa, evita, no entanto, a destruição do país, abatendo inúmeros aviões inimigos. Mas no norte da África, italianos e alemães ameaçam, sob as ordens do general Erwin Rommel (1891-1944), o domínio inglês no Egito.
Hitler reorienta então a sua máquina de guerra mais uma vez para o Leste, despertando a preocupação russa. Ao governo de Moscou propõe a partilha do mundo em zonas de influência, mas as negociações falham e o território da União Soviética acaba por ser invadido, sem uma declaração formal de guerra, em 22 de junho de 1941. Por essa época, o domínio alemão já se faz sentir em vários países do Leste Europeu, como na Romênia, Bulgária e Hungria, além da Iugoslávia e da Grécia. Mas a heróica resistência soviética na Batalha de Stalingrado modifica o panorama da 2ª Guerra Mundial (só pela fome, contam-se 500 mil civis entre os mortos). Ela põe fim ao mito da invencibilidade alemã e instiga o Exército soviético a avançar, em contra-ataque, sobre os países-satélites da Alemanha, às voltas agora com duas frentes de guerra.
"Dia D":
Os japoneses precipitam a entrada dos EUA na guerra ao bombardearem, em 7 de dezembro de 1941, a base naval de Pearl Harbor, no Havaí. A ofensiva do Japão generaliza-se, e suas forças conquistam a supremacia no Pacífico e no Sudeste Asiático. Definem-se, assim, as duas facções em conflito. De um lado, os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e, de outro, os Aliados (Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética e China, este em guerra com o Japão desde 1931). Em todos os territórios ocupados pelos nazistas, organizam-se movimentos de resistência.
O dia 6 de junho de 1944, o "Dia D", é o golpe mortal às forças nazistas. Considera-se o desembarque de 155 mil soldados aliados em Caen, na Normandia francesa, a maior operação aeronaval da História. Envolve mais de 1.200 navios de guerra e mil aviões, uma operação coroada de êxito ao enganar as forças alemãs concentradas em Pas-de-Calais. Paris é libertada em 25 de agosto. Inicia-se o ano decisivo de 1945. Os russos, pelo leste, e os norte-americanos e britânicos, pelo oeste, disputam a primazia de chegar primeiro a Berlim. A 30 de abril, os soviéticos fincam a sua bandeira no alto do Parlamento alemão, o Reichstag, e Hitler suicida-se junto com a sua mulher, Eva Braun. A capital alemã em ruínas é ocupada em 2 de maio pelo Exército da URSS, com a prisão de 135 mil defensores da cidade. Cinco dias mais tarde, a Alemanha rende-se incondicionalmente.
Guerra no Pacífico
Início da estratégia japonesa para a ocupação da Ásia
Conquistam a Mandchúria, a Tailândia e a parte norte da Indochina Francesa (atuais Vietnã, Laos e Cambodja), cortam a rota da Birmânia e passam a fazer pressão sobre as Índias Holandesas (atual Indonésia). A Grã-Bretanha e os Estados Unidos se articulam para conter o avanço japonês. Em 194l, o Japão ocupa Hong Kong e a Malásia e bombardeia a base americana de Pearl Harbour, no Hawai. Cinco mil soldados americanos são mortos. Consta que o Presidente Roosevelt sabia de antemão que o ataque aconteceria mas nada fez para impedi-lo: os Estados Unidos precisavam de um bom argumento para entrar na guerra.
Em dezembro de 1940, enquanto soviéticos e alemães ainda viviam sob um pacto de não-agressão, Adolf Hitler dizia a seus generais: "As Forças Armadas Alemãs devem estar preparadas para esmagar a União Soviética numa campanha rápida". Pouco tempo depois, em junho de 1941 a Alemanha ataca a União Soviética em três frentes e inicia-se aí a mais sangrenta de todas as empreitadas militares da guerra, que durou quatro anos e custou, só aos soviéticos, a perda de 20 milhões de pessoas.Os alemães são finalmente contidos em Stalingrado, onde se iniciam a contra-ofensiva soviética e a grande virada da 2ª Guerra. Os soviéticos dão um ultimato ao comandante alemão, mas Hitler o proíbe de se render. O Exército Vermelho expulsa os alemães e avança rumo a Berlim. Os países do Leste Europeu libertados do jugo nazista são englobados na zona de influência soviética e Stalin é transformado no novo grande inimigo do Ocidente, tomando o lugar que, até pouco tempo antes, era de Hitler.
Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Em 1937, o Presidente Getúlio Vargas dá um golpe de estado e implanta no Brasil um regime inspirado no fascismo italiano. Em 1940, Getúlio acena com a possibilidade de construir uma siderúrgica no Brasil, com o apoio da indústria alemã Krupp. Os Estados Unidos concedem imediatamente um crédito ao Brasil para financiar a siderúrgica sem a participação alemã. Dois anos depois, Getúlio declara guerra aos países do Eixo. No início dos anos 90, vem a público um documento reservado do Exército norte-americano revelando planos de invasão do Brasil pelos Estados Unidos caso Getúlio não aderisse aos aliados.
Ao integrar o Eixo, o Japão obtém o apoio alemão e italiano para sua intenção de formar uma "Grande Ásia Japonesa". Em 1940, com a ocupação da França pela Alemanha e com a paralisia da Grã-Bretanha, os japoneses passam a crer que as suas ambições no extremo oriente e no sudeste da Ásia são ameaçadas agora por um único rival: os Estados Unidos.

Na luta contra os japoneses, a situação começa a se inverter a favor dos Aliados após as vitórias dos Estados Unidos nas batalhas navais de Midway e do Mar do Coral, em 1942. Os EUA tomam a iniciativa de reconquistar a Ásia e o Pacífico. No início de 1945, tropas norte-americanas, britânicas e chinesas reabrem a rota da Birmânia e recuperam as Filipinas. Aperta-se o cerco aos japoneses, confinados em suas ilhas, alvo de pesados bombardeios. A 19 de fevereiro, ocorre o primeiro desembarque norte-americano em território japonês, na Ilha de Iwojima. Mas, ante a resistência feroz dos inimigos, que sugere um prolongamento indesejável da guerra, os EUA optam em atacar as cidades japonesas com um novo tipo de arma, a bomba atômica. A primeira, lançada sobre Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, mata 100 mil pessoas. Três dias depois, uma segunda bomba cai sobre Nagasaki, provocando mais 70 mil vítimas fatais.
A partir de 8 de agosto, com a intenção velada de recuperar territórios perdidos há décadas para o Japão, no Extremo Oriente, tropas soviéticas expulsam os japoneses da Mandchúria e da Coréia. Finalmente, a 2 de setembro de 1945, o Japão rende-se aos Exércitos norte-americanos, numa cerimônia a bordo do encouraçado Missouri. É o final da 2a Guerra Mundial.

Os anos da guerra assistem a uma aliança definitiva entre a ciência e o poder de destruição. Os governos fazem investimentos maciços em tecnologia bélica e atingem o saldo de 50 milhões de mortes. Dos fornos crematórios nos campos de concentração alemães às pesquisas de armas bacteriológicas dos japoneses e à bomba atômica norte-americana, passando pelas bombas voadoras V-2 alemãs e pela enorme tralha tecnológica de espionagem e contra-espionagem de todos os países envolvidos na guerra, há em tudo a presença marcante da indústria bélica, de cientistas e do dinheiro.

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