Onda de imigrantes latinos muda demografia dos EUA
Projeções indicam que brancos serão superados em 2050 por alto porcentual de hispânicos somado a de negros e asiáticos
Segundo projeção feita em 2008 pelo Pew Research Center, em Washington, os hispânicos devem triplicar e representar a maior parte do crescimento populacional americano de 2005 a 2050, saltando de 14% para 29% no período de 45 anos.
O porcentual de 29% de latinos, somado à proporção de negros (13%) e asiáticos (9%), significará que em 2050 a maior parte dos americanos não será de brancos não-hispânicos, que cairão de 67% para 47% em proporção populacional em 45 anos.
Por causa do envelhecimento populacional e do baixo índice de natalidade dos residentes nativos do país, o relatório indica que 82% do crescimento populacional dos EUA entre 2005 e 2050 decorrerá dos imigrantes e de seus descendentes. Como é o grupo étnico e racial que mais cresce nos EUA, a população hispânica corresponderá a 60% do aumento da população americana.
As projeções do Pew Research indicam que quase 1 em 5 americanos (19%) será estrangeiro em 2050, em contraste com 1 em 8 (12%) em 2005. O porcentual de 2050 representará o momento mais intenso de imigração nos EUA desde 1890, quando os imigrantes correspondiam a 14,8% da população americana.
Imigração ilegal
O número de ilegais nos EUA caiu pela primeira vez na década em 2007, e diminuiu mais 800 mil entre 2008 e 2009, principalmente por causa da recessão e de esforços para coibi-los. Em janeiro de 2009, estimados 10,8 milhões estavam nos EUA ilegalmente, um milhão a menos do que o pico de 2007, de acordo com o Departamento de Segurança Interna dos EUA.
Leia também:
Mas, apesar da diminuição do número de ilegais, a mudança demográfica impulsionada pela imigração tem grandes implicações nos gastos governamentais em áreas importantes como educação, assistência à saúde, infraestrutura e previdência social.
E, apesar de nos EUA a questão migratória ser uma jurisdição federal, os Estados são responsáveis pelos imigrantes sem documentos que vivem dentro de suas fronteiras, o que os forçam a assumir grande parte dos gastos em educação, saúde, encarceramento de ilegais e integração dos estrangeiros. Por conta disso, aumentaram nos últimos anos ações unilaterais das Assembleias Legislativas estaduais para lidar com a questão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário