dúvidas

1 - resolvendo a questão proposta pelo excelente aluno Pedro, 8.ª C, a Groenlândia é uma ilha que faz parte da América mas pertence à Dinamarca.
2 - retificando a questão proposta pela excelente aluna Joyce, 8.ª B- realmente, as fezes do morcego também são chamadas de guano - eu errei!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Documentário investiga a exploração de mineral usado na fabricação de celulares e sua ligação com a guerra civil do Congo


O coltan (ou columbita-tantalita) é um mineral largamente utilizado na fabricação de celulares, videogames e outros aparelhos eletrônicos. Nos últimos anos, o Congo se tornou um dos maiores produtores do mundo desse mineral, que é também conhecido como “ouro azul”. Entidades de direitos humanos, no entanto, apontam que a produção do coltan tem financiado trabalho escravo infantil e a guerra civil no país (e traçam um paralelo com a exploração dos famosos “diamantes de sangue”). Esse é o tema do documentário “Sangue no Celular” (“Blod i Mobilen”, Dinamarca, 2010), do diretor Frank Piasecki Poulsen, que esteve no Congo em 2008 e investigou as condições de trabalho nas minas ilegais do país.
“A primeira vez que eu subi a montanha na beirada da mina de Bisie, vi uma cratera de 800 por 500 metros, e era como o inferno na Terra. É impossível descrever esse cenário de pesadelo e sofrimento”, conta o diretor em entrevista ao site do Instituto de Cinema Dinamarquês (DFI). “Cerca de 25 mil pessoas, em sua maioria crianças e adolescentes, trabalham na mina de Bisie. Ninguém envelhece lá. E tudo é caríssimo. Você tem que pagar por proteção, abrigo, por ferramentas de trabalho, e, é claro, por comida e bebida. Uma cerveja custa 12 dólares, um refrigerante custa 7. Crianças e jovens vão pra lá achando que vão ganhar um dinherio rápido, mas são engolidos por um sistema em que o custo de vida é tão alto que eles não conseguem mais ir embora. Eles ficam aprisionados”, conta Poulsen.
Para o diretor, grande parte da responsabilidade pela existência dessas minas ilegais do Congo pertence a empresas que compram o coltan produzido lá. O diretor afirma ter passado mais de um ano tentando entrar em contato com a Nokia, por exemplo, para saber a posição oficial da empresa e nunca recebeu resposta. Finalmente, ele foi até o escritório central, em Espoo (Finlândia), onde conseguiu meia hora de entrevista. “Eles são os fabricantes do celular que eu uso, e eu queria ter certeza que não estou financiando trabalho infantil escravo”, diz Poulsen no filme. “Infelizmente, é impossível saber, pois a empresa não rastreia de onde vem o minério usado; e, se a Nokia, que é fabricante de um terço dos celulares do mundo, não faz isso, que dirá as outras empresas do setor”.
Depois do lançamento do filme, a Nokia emitiu um comunicado, afirmando que passaria a informar a procedência do coltan usado em seus produtos. “Infelizmente, o comunicado indica que eles estão tentando colocar a culpa em sua cadeira de fornecedores. Para uma companhia que diz ter responsabilidade social, isso simplesmente não é suficiente”, pondera o diretor de “Sangue no Celular”.
Atualmente, o site internacional da Nokia não revela quem são seus fornecedores de coltan, requisito considerado fundamental por ONGs que atuam na tentativa de proibir o uso industrial do coltan proveniente de áreas de conflito. A empresa afirma vagamente em uma página entitulada “supply-chain” (cadeia de fornecimento) que tem um compromisso ético com o meio ambiente e com valores humanitários, e “espera” que seus fornecedores ajam da mesma forma.
“Sangue no Celular” está na programação do festival de documentários É Tudo Verdade, em São Paulo e no Rio. Veja abaixo as datas em que o filme será exibido:

 
 
SEU CELULAR FINANCIA A GUERRA?
O Coltan é uma combinação de columbita, tantalita e manganês. O Coltan é a matéria-prima para construir capacitores, chips, microcircuitos para computadores, celulares, consolas de jogos, sistemas de posicionamento global, satélites, mísseis guiados, e outros dispositivos microeletrônicos e também é utilizado para os implantes mamários.Celulares, mísseis e computadores alimentam os conflitos no leste da República Democrática do Congo.
A quase totalidade do coltan (cerca de 70%) situa-se na República Democrática do Congo, na região do Kivu, o restante é extraído na Austrália, Brasil, Canada e China. Dada a elevada procura, o preço do coltan aumentou 2000% em 50 anos.  Apenas 0,3% dos 60 milhões de congoleses têm acesso à internet, mas a disputa por um mineral essencial para os componentes eletrônicos, a colombita-tantalita, opõe governo, rebeldes apoiados por países vizinhos, grupos locais de "autodefesa" e milícias hutus remanescentes do genocídio de Ruanda.
Devastado pela guerra civil intermitente, parcialmente interrompida pelo acordo de paz de 2003, o Congo é incapaz de controlar suas fronteiras e seu rico subsolo, sujeito a uma "sistemática e organizada expropriação", segundo relatório da ONU. Abundantes no leste do Congo, o ouro, a cassiterita e a columbita-tantalita -conhecida na África pela abreviação coltan- cruzam as fronteiras de Ruanda, Uganda e Burundi e desaparecem nas estatísticas de contrabando.
Os mineradores ganham até US$ 200 por mês -uma pequena fortuna no Congo, onde o desemprego é generalizado e a renda mensal de um trabalhador raramente supera US$ 10 mensais. A chegada maciça de hutus, que deixaram Ruanda após o massacre dos tutsis, em 1994, acirrou a disputa pelo eldorado.
As técnicas de extração são precárias, diz o geólogo brasileiro Nereu Heidrich, do Departamento Nacional de Produção Mineral, que compara o garimpo congolês de coltan a Serra Pelada. Não há controle da produção. A origem do minério importado por países desenvolvidos tampouco é certificada. Por isso, diz Heidrich, "é fácil "lavar" a columbita-tantalita contrabandeada".
A extracção a céu aberto nas minas de coltan representa um perigo permanente para quem nela lá trabalha, com deslizamentos de terrenos frequentes. Sendo este um metal radioactivo, contem pequenas doses de urânio 238 e tório 232, os efeitos cancerígenos a longo prazo são uma ameaça real e mal avaliada. Esta radioactividade também contamina as águas da região. Os trabalhadores geralmente  são as crianças, muitas vezes ameaçadas e sequestradas, as principais vítimas no duro trabalho da extracção deste minério.
A estimativa de que o Congo possui 80% das reservas de coltan, divulgada pela Anistia Internacional, é "provavelmente exagerada", acredita o pesquisador Nilson Botelho, da Universidade de Brasília. Os dados atuais, que confirmam apenas 1% das supostas reservas congolesas, tampouco oferecem uma estimativa confiável, na opinião dos pesquisadores. "Faltam estudos geológicos na região", explica Botelho.
O controle estatal, precário, é inexistente nas Províncias conflagradas de Kivu do Norte e Kivu do Sul. As áreas de mineração são disputadas por grupos armados, divididos por rivalidades étnicas.
 A violência forçou cerca de 300 mil congoleses a deixarem suas casas. "As frentes de batalha mudam rapidamente", conta François Dumont, porta-voz da ONG Médicos Sem Fronteira no país. "Temos casos de famílias forçadas a se deslocarem sete vezes." Nos campos que abrigam os deslocados, falta água potável, comida e latrinas.
Para o analista congolês Muzong Kodi, do centro de pesquisa internacional Chatham House, as rivalidades étnicas são uma "cortina de fumaça". "As causas fundamentais do conflito são a guerra dos minerais, que nunca foi discutida nas negociações de paz, e a impunidade das violações humanitárias no país."

Minerais de sangue: Apple e Intel abandonam o uso do coltan, tântalo e ouro

Ambas empresas começam a fabricar nos próximos meses seus produtos livres de ouro, tungstênio, coltan, tântalo e estanho, segundo o jornal El País. Alguns desses metais, o coltan e o tântalo principalmente, estão por trás dos conflitos da Guerra no Congo.

EXERCÍCIO:
Com a ajuda do youtube, Internet, google.. Pesquise sobre o COLTAN e posicione-se contra ou a favor da aformativa: seu celular financia a guerra?”


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