Na Califórnia , 30% das pessoas falam espanhol como 1ª língua ; no Arizona, 1/4 da população domina o idioma ; no Novo México, 30% falam espanhol ; e no Texas, que tem a maior fronteira , 35% é são origem hispânica .
MÉXICO: "TÃO LONGE DE DEUS E TÃO PERTO DOS ESTADOS UNIDOS"
O México é o país mais importante da porção norte da América Latina . Junto com o Brasil e a Argentina forma o conjunto dos países mais desenvolvidos do continente . Dono de uma posição geográfica privilegiada, possui duas amplas fachadas litorâneas: uma voltada para o Oceano Atlântico , formada pelo Golfo do México, que facilita as ligações do país com a Europa; outra voltada para o Oceano Pacífico , que inclui o Golfo da Califórnia e a península homônima , e que facilita o contato do país com o Extremo Oriente .
O México foi uma das primeiras vítimas do nascente imperialismo norte-americano no século XIX. Num primeiro momento , os Estados Unidos sabotaram a possibilidade de se formar um Estado forte próximo à sua fronteira sul . Em seguida , explorando as instabilidades internas do México, conquistaram mais de 1 milhão de quilômetros quadrados de territórios originalmente mexicanos.
territórios roubados do México
"Pobre do México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos" a frase criada por Lázaro Cárdenas, presidente do México em 1934, ilustra bem a situação não só do México, mas de toda a América Latina perante os Estados Unidos.
Algumas das principais intervenções do EUA na América Latina
1898: Anexação de Porto Rico
1901: Imposição de protetorado sobre Cuba
1903: Apoio à separação do Panamá da Colômbia: foi firmado o tratado que dá aos EUA o domínio perpétuo do Canal
1906/1909: Intervenção em Cuba
1909/1912: Ocupação da Nicarágua
1914: Ocupação do Haiti
1914: Inauguração do Canal do Panamá
1914: Ocupação da República Dominicana
1916: Compra das Ilhas Virgens da Dinamarca
1916: Assinatura do tratado que dava direitos de construção de um canal interoceânico na Nicarágua
1927/1933: Ocupação da Nicarágua
1947: Os EUA forçam o rompimento diplomático entre os países latino-americanos e a União Soviética
1947: Criação do Tratado Interamericano de Ajuda Recíproca (Tiar)
1948: Fundação da Organização dos Estados Americanos (OEA)
1958: Apoio à derrubada do governo da Guatemala
1955: Apoio à derrubada do governo Perón na Argentina
1961: Tentativa de invasão de Cuba por exilados e mercenários financiados pela CIA
1962: Pressões diplomáticas para expulsar Cuba da OEA
1964: Apoio ao golpe militar no Brasil
1966: Apoio ao golpe militar na Argentina
1971: Apoio ao golpe militar na Bolívia
1973: Apoio aos golpes militares no Uruguai e Chile
1976: Apoio ao golpe militar na Argentina
1981/1988: Apoio aos "contra " da Nicarágua
1982: Apoio aos britânicos na Guerra das Malvinas
1983: Invasão de Granada
1985: Apoio à derrubada da ditadura no Haiti
1989: Invasão do Panamá
O Banco Mundial calcula que a América Central perde 8% de seu PIB em razão dos custos ligados à violência .
Diztambém que 5% da riqueza da região já provém, de uma maneira ou de outra , do traslado de 90% da cocaína que chega aos EUA.
Para a DEA, a agência antidrogas americana , o negócio da droga e a ofensiva dos cartéis mexicanos para controlar rotas de tráfico solapam a estabilidade política e jurídica dos países recordistas em cifras de homicídio da América Latina , como Guatemala, Honduras, El Salvador .
Diz
Edgar "La Barbie" Valdez, de 37 anos e nascido no Texas, soltou um sorriso enquanto era levado algemado por policiais federais mascarados diante de repórteres e câmeras , ao lado de comparsas , armamentos sofisticados e pacotes plásticos cheios de drogas .
Nascido em uma família de classe media em Laredo, no Texas, Valdez jogou futebol americano no colégio e desenvolveu um gosto por carros de luxo e pela vida noturna antes de ir para o México para trabalhar com cartéis de drogas . Autoridades disseram que Valdez, um líder do cartel Beltran Leyva, que tem base na região central do México, trafica uma tonelada de cocaína por mês e era responsável por "várias dezenas " de assassinatos .
MISSY RYAN E CYNTIA BARRERA - REUTERS
PRISÃO DE CHEFE DO TRÁFICO SERÁ NOVO MARCO, DIZ POLÍCIA MEXICANA
Edgar 'La Barbie' Valdez era o favorito para liderar o cartel Beltran Leyva após morte de outro 'capo'
31 de agosto de 2010 | 13h 02
'La Barbie' sorri durante sua apresentação à imprensa. Foto: Ivan Stephens/Efe
CIDADE DO MÉXICO - As autoridades mexicanas mostraram em público nesta terça-feira, 31, do traficante Edgar 'La Barbie' Valdez, um dos líderes do cartel Beltrán Leyva , preso na segunda. Sua detenção, segundo a polícia mexicana, é o início de uma nova era na guerra do presidente Felipe Calderón contra os cartéis.
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Edgar "La Barbie" Valdez, de 37 anos e nascido no Texas, soltou um sorriso enquanto era levado algemado por policiais federais mascarados diante de repórteres e câmeras, ao lado de comparsas, armamentos sofisticados e pacotes plásticos cheios de drogas.
Vestindo uma camisa pólo verde, jeans e tênis, Valdez, que ganhou o apelido de "La Barbie" devido à pele clara, sorriu maliciosamente enquanto autoridades comentavam sua prisão, ocorrida próxima à Cidade do México na noite de segunda-feira.
"Ele foi preso, e esta operação encerra um capítulo no tráfico de drogas no México", afirmou o policial federal Facundo Rosas à emissora Televisa.
Não ficou claro se a prisão de Valdez, segunda vitória de Calderón contra os cartéis neste ano, pode estancar a imensa violência relacionada ao tráfico de drogas, que ameaça a imagem do México enquanto o país luta para sair da recessão e procura ganhar dinheiro com o turismo.
Mais de 28 mil pessoas morreram desde que Calderón lançou sua campanha contra o crime organizador, no final de 2006, e a violência não mostra sinais de que vai acabar, uma vez que gangues rivais brigam pelo controle de rotas de tráfico.
Autoridades disseram que Valdez, um líder do cartel Beltran Leyva, que tem base na região central do México, trafica uma tonelada de cocaína por mês e era responsável por "várias dezenas" de assassinatos.
Sua prisão se seguiu a uma operação, em julho, que matou Ignacio "Nacho" Coronel, número três no cartel rival, chamado Sinaloa.
Mas operações similares causaram no passado o aumento da violência, com subordinados batalhando pelo controle das gangues, que, estima-se, movimentem até 40 bilhões de dólares por ano.
A violência começou a se espalhar para além dos traficantes e das forças de segurança depois que os cartéis passaram a mirar prefeitos e imigrantes que tentavam cruzar a fronteira do México para os Estados Unidos.
Valdez era o favorito para liderar o cartel Beltran Leyva depois que soldados mataram seu ex-chefe, Arturo Beltran Leyva, em dezembro de 2009.
"A investigação não foi concluída. E, neste ponto, não está claro quem poderia substituí-lo", disse Rosas.
Autoridades se esquivaram de perguntas sobre se Valdez, que segundo Rosas tinha cidadania norte-americana e possivelmente mexicana, seria enviado para os EUA para julgamento, onde há uma recompensa de dois milhões de dólares pela sua cabeça.
Nascido em uma família de classe media em Laredo, no Texas, Valdez jogou futebol americano no colégio e desenvolveu um gosto por carros de luxo e pela vida noturna antes de ir para o México para trabalhar com cartéis de drogas.
Valdez, que não fez comentários e foi levado em um veículo blindado no final de sua apresentação, já forneceu algumas informações para as autoridades, segundo Rosas.
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