dúvidas

1 - resolvendo a questão proposta pelo excelente aluno Pedro, 8.ª C, a Groenlândia é uma ilha que faz parte da América mas pertence à Dinamarca.
2 - retificando a questão proposta pela excelente aluna Joyce, 8.ª B- realmente, as fezes do morcego também são chamadas de guano - eu errei!!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

8° Ano - semana 3 - 20 a 26/2

Os Rousseff da Bulgária
Temas: comunismo, socialismo, capitalismo, Ditadura Militar, democracia
 Pétar e Dilma
O mais certo teria sido Dilma ter nascido e ficado na Bulgária, junto dos seus, praticando o que ela sempre adorou fazer. Lá, os comunistas conseguiram desestabilizar o governo com atos terroristas e ocuparam o poder. A mesma coisa que ela e seu bando tentaram por aqui, no Brasil.
Já o seu meio-irmão Luben - abandonado pelo pai que nunca o ajudou a fugir do regime -, este sim, deveria ter conseguido vir pra cá. Ele foi perseguido pelos comunistas búlgaros porque apoiava a social democracia, e porque seu pai era considerado um desertor do regime comunista, do qual era filiado.
Ao contrário de sua irmã Dilma, incapaz de administrar uma lojinha de 1,99, Luben foi um aluno brilhante. Ele era a parte boa do DNA dos Rousseff que, infelizmente, ficou presa por lá, e acabou morrendo na pobreza porque nenhuma competência consegue florescer onde grassa a doença do esquerdismo. Enquanto isto, seu pai conseguiu enriquecer, por aqui, mas parece que Luben levou um “aplique” dos meio-irmãos brasileiros, na divisão da herança do pai.
Pode parecer irônico, mas enquanto Dilma Rousseff lutava contra uma ditadura de direita no Brasil, seu meio-irmão, Luben Russév, sofria com a ditadura de esquerda na Bulgária.
No Brasil, Dilma era considerada perigosa por ser comunista. Na Bulgária, Luben era visto como não confiável pelo governo comunista por ter um pai que havia fugido para um país capitalista.
Política à parte, poucos são os laços que ligam os irmãos, que jamais se viram. Luben é o filho que o pai de Dilma, Pétar Russév (que aportuguesou seu nome para Pedro Rousseff), teve na Bulgária com Evdokia Yankova, sua primeira mulher.
Pedro também não conheceu o filho. Ele fugiu da Bulgária em 1929, pouco antes de a criança nascer. Segundo informações dadas por Luben a um jornalista em 2004 (três anos antes de morrer), o pai prometeu à mulher que iria voltar.
Pedro viveu na França e passou pela Argentina antes de se fixar no Brasil, onde conheceu a mãe da candidata do PT, também chamada Dilma. Eles se casaram e tiveram três filhos. Dilma é a filha do meio.
As promessas de voltar à Bulgária e reunir a família nunca foram cumpridas. Pedro Rousseff morreu em 1962, em Belo Horizonte. Há pouquíssimos registros sobre ele na Bulgária. Há também versões desencontradas sobre sua vida.
Dizem que nasceu em 1900 em Gábrovo, cidade ao norte do país famosa por ter muitos mercadores de tecidos. A família dele também era de comerciantes. Depois, mudou-se para Sófia, onde se alinhou aos comunistas. A Bulgária vivia tempos turbulentos nos anos 20. Era uma monarquia e tinha um governo fascista. Os comunistas tentavam desestabilizar o governo com atos terroristas. Eram reprimidos e perseguidos.
Dilma já disse em entrevistas que o pai deixou a Bulgária por razões políticas. Luben, seu meio-irmão, afirmou que foram razões econômicas: o pai estava falido. Estudiosos dizem que pode ser uma combinação das duas coisas. Além de politicamente conturbada, a Bulgária estava com sua economia em frangalhos.
O primeiro contato de Luben com o pai se deu em 1948, por carta. Ele tinha 18 anos e estudava engenharia. Os comunistas haviam tomado o poder, com a ajuda da União Soviética, e reduziam os direitos individuais.
Tentaram expulsar o meio-irmão de Dilma da faculdade pelo fato de ele ter feito parte de um grupo juvenil que apoiava a social-democracia. Luben era considerado um aluno brilhante, e a faculdade impediu sua expulsão. Mas o governo o mantinha sob vigilância, como fazia com a maioria dos que tinham algum parente fora do "mundo socialista".
Dinheiro para um VW
O meio-irmão de Dilma disse que pediu várias vezes ao pai para ajudá-lo a sair da Bulgária e levá-lo ao Brasil. Pedro enviou ao filho alguns pacotes com presentes. Às vezes, punha dólares escondidos entre cartões postais, para que passassem despercebidos pela polícia.
Com esse dinheiro, Luben conseguiu comprar um Volkswagen. Em 1962, o engenheiro soube da morte do pai e solicitou várias vezes ao governo permissão para viajar ao Brasil para tratar de sua herança. Ele sabia, por meio de uma poeta búlgara, amiga de seu pai, que Pedro tinha se tornado um homem rico.Mais uma vez, não obteve autorização para viajar.
Tempos depois, foi informado pelo Departamento de Relações Exteriores de que tinha recebido do Brasil a quantia de US$ 1.500 referentes a sua herança.Luben acreditava que tinha direito a mais dinheiro, mas achou que era melhor pegar os US$ 1.500 do que ficar sem nada.
O engenheiro se casou e não teve filhos. Nos últimos anos de vida, morava com a mulher, Margarita, no centro de Sófia. Sofria de reumatismo e andava de muletas. Seus vizinhos dizem que ficava o tempo todo em casa. Só saía para ir ao hospital.
Bozhidar Baykushev, que é filho de uma irmã de Margarita, disse a um jornal local que o tio era fechado e que nunca falou do pai ou dos meio-irmãos brasileiros. Segundo Momchil Indjov, jornalista que entrevistou Luben em 2004, ele falava do pai com carinho e desilusão, por não ter tido ajuda para fugir do comunismo.
Dinheiro de Dilma
Rumen Stoyanov, um professor de literatura brasileira que viveu por cerca de dez anos no Brasil, foi um dos últimos amigos de Luben. Ele afirma que, em 2005, recebeu um pedido do Brasil, via embaixada, para que procurasse o meio-irmão da então ministra Dilma Rousseff.
Ele o encontrou e o ajudou a se corresponder com a irmã. Numa das cartas, Luben comentou com Dilma que estava com dificuldades financeiras. Segundo Rumen, Dilma, então, remeteu dinheiro. Rumen conta que poucos dias antes de morrer, em fevereiro de 2007, Luben ligou para sua casa pedindo que traduzisse uma carta que iria escrever à irmã brasileira.
"Combinei de ir à casa dele dias depois. Não deu tempo. Ele morreu antes, e nunca vamos saber o que ele gostaria de falar para a irmã." Folha de São Paulo









   









Dilma, Presidente do Brasil
16/11/2010 - 09:00
Infância confortável de menina da classe média alta mineira, militante de esquerda na juventude e mulher no governo do Brasil
Nascida no dia 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte, Dilma Vana Rousseff, filha do búlgaro Pétar Russév com a brasileira Dilma Jane Silva, teve uma vida confortável de família de classe média alta em Minas Gerais.
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Tudo começou quando em 1929 o advogado Pétar Russév, que nasceu em Gabrovo e, como membro ativo do Partido Comunista Búlgaro, teve de fugir da Bulgária em 1929 devido à perseguição política. Pétar foi para a França e, posteriormente, desembarcou em Salvador, na Bahia, mas logo seguiu para Buenos Aires, onde viveu por quase uma década, e existe até hoje um grande grupo de búlgaros neste país. A Bulgária é um país aliado da antiga União Soviética, hoje Rússia, e fora submetida no século XIX ao domínio ditador.
No início dos anos 40, Pétar instalou-se em São Paulo, onde empreitava obras para a siderúrgica Mannesmann e fazia casas por conta própria e as revendia, sempre com grande lucro. Numa viagem a Uberaba, conheceu a professora Dilma Jane Silva (foto), por quem se apaixonou de imediato. Fizeram planos para o futuro e decidiram iniciar nova vida em Belo Horizonte.
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A essas alturas o búlgaro, que ao chegar ao Brasil estabeleceu para si mesmo a meta de ascender socialmente, já tinha alterado seu nome para Pedro Rousseff, de forma a aportuguesá-lo e sugerir uma ascendência francesa, o que poderia abrir portas na sociedade mineira.
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Quando ficou abastado, dono de uma dúzia de imóveis na capital mineira, definiu outro objetivo: assegurar aos filhos uma educação de qualidade. Os três filhos estudaram nos melhores colégios de Belo Horizonte, tiveram formação religiosa, aulas de piano, inglês, francês e literatura.
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A ligação com o pai
Apaixonado por livros, bom para fazer negócios e seguidor de ideias comunistas, Pedro Rousseff era muito ligado à filha, Dilma, e teve forte influência em sua formação intelectual.
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As aulas de música e línguas eram feitas por decisão do pai, que mantinha a casa sempre cheia de livros e incentivava muito o hábito de leitura nos filhos.
Pedro Rousseff sempre demonstrou para a família ser um homem feliz, realizado nos negócios e com uma vida muito melhor do que a que levara na Europa.

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Quando, em 1929, Pedro saiu de Gabrovo, vindo para a América, deixou sua primeira esposa, Evdokia Yankova, grávida e acreditando que ele havia morrido. E esse filho, Luben Russév, era um dos raros motivos de tormento para o bem-sucedido advogado e empresário.
Eles tiveram um primeiro contato em 1948, por carta apenas. O suficiente para ele saber das dificuldades que o filho passava e decidir mandar dinheiro. Os dólares eram enviados escondidos entre cartões postais, para que a polícia não descobrisse. Pedro nem chegou a conhecer o filho, morreu, provavelmente de ataque cardíaco, em 1962. Luben, seu filho, morreu em 2007, em Gabrovo.
Infância de luxo em Belo Horizonte
Dilma e os irmãos, Zana e Igor, viveram uma infância confortável no sobrado, que ficava na rua Major Lopes, no bairro São Pedro, em BH. Região onde cresceram e que concentrava a classe média alta da cidade.
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Os três irmãos estudaram no elitista Colégio Isabela Hendrix, depois Dilma foi para o tradicional Nossa Senhora de Sion, colégio católico, exclusivo para meninas.
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As crianças eram levadas para a escola pelo pai, de carro, privilégio de pouquíssimos na época.
A família Rousseff era uma das mais bem-sucedidas da época, a casa era zelada por três empregados e exibia um piano na sala e carro na garagem.
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Nos finais de semana, todos iam para o Clube Campestre ou viajavam pelo interior de Minas. Nas férias o clã costumava viajar para praias do Rio de Janeiro ou Espírito Santo de avião, o que não era normal nos anos 60 para a classe média, apenas quem tinha uma vida muito abastada era capaz de pagar pelas passagens.
Fato é que naqueles tempos Dilma não falava em política, nem manifestava a vocação rebelde que a levaria a ser presa pela ditadura alguns anos depois, quando a criança tímida se tornaria uma militante combativa.
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A jovem militante de esquerda
Dilma Rousseff tinha 16 anos quando alertou os colegas de classe sobre o provável agravamento da ditadura no Brasil. Ela era representante de turma no Colégio Estadual Central, considerado o melhor ensino secundário de Belo Horizonte e ícone urbano da capital mineira. Projetado por Niemeyer para ser um espaço público e democrático, sem muros, o Colégio abrigava uma porção de tribos e correntes ideológicas, e foi o berço do movimento estudantil secundarista de BH.
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No período e que Dilma estudou no Estadual Central, entre 1964 e 1966, a ditadura militar ainda não tinha se radicalizado e tolerava algumas manifestações de protesto, apesar de o momento político exigir que as organizações de esquerda agissem de maneira cada vez mais reservada.
Embora o colégio fervilhasse e o momento fosse de exceção, nem todos os alunos se interessavam por política, durante os intervalos e recreio, a turma de Dilma se dispersava. Dilma fez parte da Política Operária (Polop), do Comando de Libertação Nacional (Colina) e da Vanguarda Armada Revolucionária (Var-Palmares). Durante uma operação que prendeu nos porões da repressão dezenas de militantes da Vanguarda Armada Revolucionária (VAR), em 16 de janeiro de 1970, Dilma também foi presa. E ficou quase três anos na prisão.
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Ficha criminal super forjadona da Dilma   No final dos anos 70, logo depois da Anistia, ela já tinha 30 anos quando ajudou a fundar o PDT, o partido de Leonel Brizola. Dilma fazia parte de um grupo de amigos militantes conhecido como a “turma da alpargatas”.
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A mulher no poder
Na condição de 36ª ocupante do cargo de Presidente de República, eleita no 19° pleito com voto direto, Dilma, aos 62 anos, assume a Cadeira em 1° de janeiro de 2011.
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A ex-militante de esquerda, ex-ministra de Lula, aluna do Colégio Sion e menina da classe média alta mineira (foto), mais uma vez tem as portas abertas em sua vida. Acostumada a nunca ter dificuldades para conseguir qualquer coisa, desde a infância rica, desta vez não será diferente, Dilma assume a presidência com maioria absoluta de deputados e senadores, compondo uma base aliada que praticamente a obriga a fazer um grande governo, consideradas as condições favoráveis em que se encontra.
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Dilma se une a Angela Merkel, da Alemanha, Cristina Kirchner, da Argentina e Michele Bachelet, do Chile (esta última acaba de deixar o posto), como mulher dirigente de uma nação. A presidenta assume o governo em 1º de janeiro de 2011, conduzida ao poder pelas mãos de um líder que viveu uma realidade parecida com a da maioria dos brasileiros e diferente da dela. Os votos que conquistou vieram de um povo que ainda vive numa nação injusta, dividida, pobre e com atrasos latentes em várias áreas e regiões.
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Bom começo para o mandato é que a presidenta procure conhecer a realidade do povo que irá governar, feito isso, ela terá que unificar correntes e realizar reformas, além de garantir o desenvolvimento e a equidade social, conforme prometeu. “Meu compromisso com o país: valorizar a democracia em toda a sua dimensão”, discursou Dilma Rousseff, após eleita.
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A cidade de Gabrovo, na Bulgária, inaugurou uma exposição sobre os Rousseff, família agora ilustre no país do leste europeu.


























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