dúvidas

1 - resolvendo a questão proposta pelo excelente aluno Pedro, 8.ª C, a Groenlândia é uma ilha que faz parte da América mas pertence à Dinamarca.
2 - retificando a questão proposta pela excelente aluna Joyce, 8.ª B- realmente, as fezes do morcego também são chamadas de guano - eu errei!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

9º Ano - Semana 3 - DE 20 A 26/2

RESISTÊNCIA AO COLONIALISMO EUROPEU


O Levante, Rebelião ou Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yijetuan, foi um movimento popular antiocidental e anticristão na China. A Revolta dos Boxers foi um movimento chinês criado por uma sociedade secreta que detestava estrangeiros. Em algumas traduções ela é chamada de Guerra dos Boxers ou Rebelião dos Boxers, mas todos os nomes falam do mesmo evento. Os Boxers acreditavam que seu corpo não se feria com balas.
A sociedade secreta dos Punhos Harmoniosos e Justiceiros que se opunha à expansão estrangeira e à corte Manchu, sustentava que com treino adequado, incluindo o ritual do boxe chinês (Suai Jiao), uma arte marcial, os seus membros poderiam vencer os ocidentais, que usavam armas de fogo.
O movimento começou na província de Shandong e teve suas raízes na pobreza rural e no desemprego, cuja responsabilidade era atribuída às importações do Ocidente. Os boxers atacaram as missões missionárias evangélicas e demais estabelecimentos estrangeiros, cortaram as linhas telefônicas e as vias férreas. Impelidos em direção ao oeste, os missionários, chineses e cristãos, além daqueles que possuíam bens estrangeiros, foram atacados também. O movimento foi apoiado pela imperatriz Cixi (Tseu-Hi) e alguns governadores de províncias.

Em 17 de junho de 1900 os boxers cercaram as legações diplomáticas estrangeiras em Beijing por dois meses. No auge da revolta, em agosto de 1900, tinham sido mortos mais de 230 estrangeiros e milhares de chineses cristãos por um número desconhecido de rebeldes e simpatizantes. Para sufocar a rebelião, organizou-se uma força internacional colonialista, composta de 20 mil soldados russos, americanos, britânicos, franceses, japoneses e alemães, que foi enviada para ocupar a sede imperial, onde penetrou a 14 de Agosto de 1900, rendendo, ocupando e saqueando a capital.
As forças estrangeiras negociaram pesadas reparações em dinheiro; os Boxers reagiram com vingança em 1901. A monarquia salvou-se aceitando a liquidação das sociedades secretas, o pagamento de uma indenização de guerra e a proibição de importar armas de fogo.
Depois dessa aberta e brutal intervenção militar, o outrora orgulhoso Império Celestial definitivamente tornou-se a "colônia de todas as metrópoles". Para inflamar ainda mais as autoridades do império, os colonialistas obrigaram a que fossem chineses os carrascos que executaram as sentenças de morte dos principais líderes da rebelião. O levante fez com que aumentasse a interferência estrangeira na China, com a conseqüente diminuição da autoridade da dinastia Qing
Esses boxers não gostavam dos estrangeiros e também dos chineses que eram cristãos, pois consideravam uma religião estrangeira. Eles achavam que os produtos estrangeiros eram culpados pela pobreza dos chineses, e resolveram expulsá-los do país.
Por causa disso eles sitiaram - palavra que quer dizer cercar - a cidade de Pequim por dois meses, impedindo que os estrangeiros continuassem vendendo seus produtos para a China.
Por dois meses o cerco dos boxers funcionou, mas eles acabaram não resistindo aos ataques das tropas dos outros países, que tinham muitas armas de fogo.
No final a sociedade secreta foi extinta pelo governo chinês, que ainda teve que ceder pedaços de terras para diversos países.
No final do século XIX, as potências ocidentais e o Japão  tinham criado e estabelecido amplos interesses na China. A guerra do Ópio (1839–42), que a Grã Bretanha havia provocado, obrigou a China a outorgar concessões comerciais e reconhecer o princípio da extraterritorialidade.
As concessões à Grã Bretanha foram logo seguidas por similares concessões a França, Alemanha e Rússia. O regime da dinastia Ching, debilitado pelas invasões europeias, ficou ainda mais enfraquecido pela vitória do Japão na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894–95) e a subsequente partilha da China em zonas de influência estrangeiras.
O imperador ching, Kuan-hsu, tentou opor-se à ameaça imperialista adotando modernas reformas administrativas e educacionais. Issoporém, provocou a oposição conservadora e os esforços foram frustrados pela imperadora-viúva, Tz'u Hsi, que deu preferência a uma derradeira tentativa de afastar a influência estrangeira por meio do apoio à resistência armada.
A imperadora tacitamente encorajou uma sociedade secreta antiestrangeira denominada I Ho Ch'uan [punhos honrados e harmoniosos], ou Boxers em inglês. Não demorou para os Boxers se tornassem poderosos e no final de 1899 tornaram-se ameaçadores. Ocorreram ataques violentos contra os estrangeiros e os chineses cristãos, particularmente nas províncias de Zhili, Shanxi e Shandong, na Manchúria e na Mongólia Interior.
Nessas
regiões, as estações de trem, símbolo visível do estrangeiro, eram mais movimentadas. Os cristãos chineses, especialmente os católicos romanos, fieis à religião dos estrangeiros, eram mais numerosos. também se encontrava a maioria dos arrendamentos rurais adquiridos pelas potências europeias.
Em junho de 1900, os Boxers, cerca de 140 mil homens liderados pelos partidários da Guerra na corte, ocuparam Pequim e durante oito semanas sitiaram os estrangeiros e os chineses cristãos. Os governadores provinciais no sudeste da China desobedeceram a declaração de guerra da corte e garantiram forças policiais de proteção aos interesses estrangeiros, o que limitou a área de conflito ao norte da China.
O cerco foi rompido em agosto por uma força internacional constituída de tropas britânicas, francesas, russas, americanas, alemãs e japonesas. O avanço dessas tropas ao norte pôs fim à rebelião dos Boxers.
As potências ocidentais e o Japão concordaram – em grande parte graças às pressões dos Estados Unidos parapreservar a integridade territorial e administrativa chinesa” e em virtude da ciumeira entre as potências – a não levar adiante a divisão da China.
Mesmo assim, a China foi compelida em 1901 a pagar uma pesada indenização, a modificar tratados comerciais para favorecer as nações estrangeiras e a permitir o estacionamento de tropas estrangeiras em Pequim. A China emergiu da Rebelião Boxer com uma dívida fortemente aumentada que a tornou, com efeito, uma nação subjugada.
Em 7 de setembro de 1901, a Rebelião Boxer na China teve oficialmente fim com a assinatura do Protocolo de Pequim (Paz de Pequim).

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